O tétano é uma infecção considerada grave. O agente causador do tétano é a bactéria anaeróbica Clostridium tetani, que produz uma toxina chamada neurotoxina tetanospasmina. Essa toxina é muito potente, muitas vezes letal para o ser humano. Ela é a responsável por todos os sintomas da doença.
A bactéria Clostridium tetani está presente nas fezes do homem e de animais (quando depositadas na terra ou areia), e utiliza qualquer ferimento na pele como entrada para o organismo.
Desde a II Guerra Mundial existe imunização contra o tétano, sendo que atualmente são raros os casos nos países desenvolvidos. Nos países em que a imunização não atinge a maioria da população, o número de casos ainda é considerável, sendo que a taxa de mortalidade é de 50% entre os adultos.
O tétano não é transmissível de uma pessoa para a outra.
Existem duas formas de se adquirir a infecção:
Tétano acidental
É adquirido através da contaminação de algum ferimento (cortes, queimaduras, necroses), por menor que seja, pelos esporos da bactéria. Quando essa bactéria encontra as condições favoráveis, se multiplica e produz a neurotoxina tetanospasmina.
O período de incubação do tétano acidental é, em média, de 10 dias (pode variar de 2 a 21).
Tétano Neonatal
A contaminação pode acontecer via cordão umbilical, quando a gestante não foi imunizada (nunca tomou vacina antitétano). Não possuem e não passam para o bebê os anticorpos que poderia ter produzido se tivesse sido vacinada.
O período de incubação do tétano neonatal é, em média, de 7 dias ( varia de 4 a 14 dias). Por isso, o tétano neonatal é popularmente chamado de "mal de sete dias".
Os sintomas do tétano são os seguintes:
- Espasmos musculares
- Contração dos músculos da mandibula (dificuldade para abrir a boca, mastigar)
- Espasmo dos músculos em volta da boca (risus sardonicus)
- Rigidez no pescoço, nas costas e no abdômem
A rigidez torna-se progressiva, podendo atingir o sistema respiratório. Por isso é comum a necessidade de internamento em UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
O paciente com tétano apresenta ainda febre, suor excessivo e taquicardia.
O diagnóstico é feito através do exame da amostra do liquído retirada da ferida do paciente.
O tratamento requer a internação, que dura normalmente de três a quinze semanas. São administrados antibióticos, relaxantes musculares e se necessário, sedativos. Os pacientes são mantidos na penumbra, em lugares silenciosos. O ferimento é limpo constantemente. Todo o esquema de vacinas antitétano é ministrado.
A recomendação principal para a prevenção do tétano é a vacinação, que deve ser reforçada, no caso dos adultos, de 10 em 10 anos. Outra ação preventiva é o tratamento e limpeza adequados dos ferimentos, evitando a proliferação da bactéria pelo organismo.
Autor: Thais Pacievitch