O siringoma consiste em um tumor anexial benigno, decorrente do aumento do ducto sudoríparo écrino intra-epidérmico, que são responsáveis pela produção de suor. É mais comumente observado em mulheres de pele clara e, aparentemente, está ligado a fatores genéticos.
Caracteriza-se pela presença de pápulas, isoladas ou múltiplas, de aproximadamente 5 mm, possuindo a mesma coloração da pele. Tipicamente, estas lesões são encontradas na face, especialmente na região periocular, porém podem afetar tórax, pescoço, glúteos, púbis e vulva. Geralmente são assintomáticos; todavia, alguns indivíduos relatam prurido na região afetada.
O diagnóstico é clínico e histológico, não sendo necessários outros exames laboratoriais. Clinicamente, em certos casos, deve ser feito o diagnóstico diferencial do siringoma com xantelasma e mílios.
Quando feita uma lâmina histológica de um siringoma, é possível observar uma proliferação de diversos diminutos ductos, que apresentam paredes revestidas por duas fileiras de células epiteliais achatadas, situadas num estroma fibroso, na derme papilar e reticular superior. Na luz dos ductos são encontrados detritos amorfos, podendo, algumas dessas estruturas, apresentar estrutura similares a vírgulas. Também podem ser observados cordões sólidos de células epiteliais basófilas independentes dos canais. Luzes caniculares císticas repletas de queratina podem ser observadas próximo à epiderme. Eventualmente, essas estruturas se rompem, produzindo uma reação tipo corpo estranho.
O tratamento dos siringomas habitualmente tem finalidade apenas estética, uma vez que, na maior parte das vezes, não causa nenhum incomodo físico a quem o possui. A técnica utilizada varia de acordo com o tamanho, local e quantidade de siringomas. As opções incluem ressecção cirúrgica, cauterização elétrica ou química e aplicação de certos tipos de lasers.
Fontes:
http://www.dermatologia.net/novo/base/doencas/siringoma.shtml
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962006000400006&lng=pt&nrm=i&userID=-2