A síndrome de Raynaud é uma doença na qual as temperaturas frias ou estresse emocional causam espasmos vasculares que bloqueiam o fluxo sanguíneo dos dedos dos pés e das mãos (em alguns casos este distúrbio pode ocorrer nas orelhas e nariz).
Há somente dois tipos desta doença: doença de Raynaud primária: é a mais comum e ocorre por si só. Doença de Raynaud secundária: está associada a doenças das artérias, tais como: ateroesclerose; doença de Buerger; artrite reumatóide; síndrome de Sjogren; esclerodermia e lúpus eritematoso sistêmico. Quando a doença de Raynaud secundária não é tratada pode acabar em gangrena das referidas extremidades. Outras razões deste distúrbio podem ser: lesão repetitiva (especialmente vibrações como aquelas produzidas ao digitar ou tocar piano); overdose de certos medicamentos (beta-bloqueadores, quimioterápicos, remédios que contêm estrógeno, entre outros) e tabagismo. Esta síndrome acomete, na maioria dos casos, mulheres entre 15 e 40 anos.
As causas deste distúrbio são desconhecidas, mas provavelmente estão relacionadas com uma anormalidade do sistema nervoso simpático. Acredita-se que a doença secundária de Raynaud é causada pela doença associada.
A supressão do fluxo sanguíneo faz com que os dedos, nariz e orelhas fiquem brancos e, em seguida, azuis. Quando o fluxo de sangue retorna às extremidades, tais áreas ficam avermelhadas e posteriormente voltam à cor normal. Estes episódios podem durar minutos ou até mesmo horas, e causam dor e formigamento.
As maneiras de amenizar os sintomas de um ataque são: mergulhar, o mais rápido possível, os dedos em água morna, evitar ambientes com temperaturas baixas, agasalhar-se, colocar as mãos em lugares mornos do corpo (axilas e abdome) e estimular o fluxo sanguíneo, movimentando os dedos e mexendo os braços em amplios círculos, por exemplo.
Quando as medidas anteriormente citadas falham, os medicamentos podem ajudar a aliviar os sintomas e até possíveis ulcerações cutâneas que tenham se formado. Tais medicamentos podem ser: bloqueadores do canal de cálcio, como a nefidipina; alfabloqueadores, como prazosina; e vasodilatoadores, como creme de nitroglicerina. Também é possível injetar remédios dentro do nervo simpático, responsável pela constrição dos vasos sanguíneos.
Autor: Thais Pacievitch