A síndrome de Pusher trata-se de uma alteração no controle postural de portadores de hemiparesia depois de um acidente vascular cerebral (AVC).
Foi primeiramente descrita por Davies, em 1996, em pacientes portadores de hemiparesia esquerda relacionada à heminegligência visuoespacial e anosgnosia decorrente de um AVC.
Ainda gera muita controvérsia a relação aos casos em que a alteração do controle postural se apresenta clinicamente como síndrome de Pusher.
Indivíduos com esta síndrome apresentam dificuldade em manter o equilíbrio postural e controle do tronco quando parados e em movimento, bem como dificuldade em manter o alinhamento corpóreo. Ao invés de tentarem sustentar seus hemicorpos paréticos, encaminham-se em direção ao lado parético utilizando o lado do corpo não afetado. Em situações de estática, direcionam o seu corpo para a lateral. Quando tentam naturalmente corrigir sua posição, sentem insegurança e medo de cair.
Além de estar ligada a alterações visuoespaciais e lesões de hemisfério direito, esta síndrome pode estar relacionada a lesões de hemisfério esquerdo e em indivíduos sem outras alterações percepto cognitivas.
O diagnóstico é feito com base no histórico e exame clínico do paciente. Exames de imagem como tomografia computadorizada podem ser úteis, evidenciando lesões em algum dos lobos parietais.
O tratamento da síndrome de Pusher ainda gera muita discussão. É possível que a melhor forma de tratar estes pacientes é induzir a percepção da posição errada na qual seu corpo se encontra, apontando a diferença entre o efeito do movimento utilizando um referencial vertical que ele percebe (errada), e o efeito do movimento utilizando a referência fornecida pelo indivíduo que o está tratando (certa). Os exercícios devem ser individualizados e a estratégia terapêutica mais adequada para o paciente com este transtorno deve ser escolhida baseada na percepção de verticalidade individual, e o mais precocemente possível.
Fontes:
http://www.
http://www.actafisiatrica.org.
http://www.fisioterapia-