A síndrome de Ménière ou doença de Ménière é um complexo de sintomas de etiologia ainda não elucidado, que acomete a audição e o equilíbrio.
Foi descrita pela primeira vez em 1861 por um físico francês, chamado Prosper Ménière, a partir de um grupo de pacientes diagnosticados como portadores de "congestão cerebral apoplectiforme". Ménière sugeriu que o sistema auditivo era repentinamente acometido, com o aparecimento de um zumbido e diminuição da audição, e, como o ouvido interno é o local acometido, o surgimento da vertigem, tontura e desequilíbrio, acompanhados por náusea, vômito e síncope, poderia receber explicação sem que houvesse algum comprometimento que envolvesse o sistema nervoso central.
No ano de 1874, Charcot passou a denominar tal alteração de "Doença de Ménière". Após as descrições histopatológicas de Hallpike e Cairns feitas em 1938, essa doença tornou-se reconhecida como a expressão clínica de uma síndrome idiopática de hidropisia endolinfática.
Dentre as causas dessa síndrome, encontram-se os distúrbios auto-imunes, os processos inflamatórios do ouvido, a sífilis e o traumatismo craniano.
As principais manifestações clínicas dessa doença são os episódios de vertigem, precedidos por surdez flutuante, zumbido e sensação de pressão no ouvido (ouvido tapado) semelhante à produzida pela diferença de altitude. Inicialmente, esses sintomas manifestam-se apenas unilateralmente, mas podem acometer os dois lados quando o quadro evolui.
O diagnóstico é feito com base no histórico clínico e sintomas apresentados pelo paciente. A Academia Americana de Otolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço estabeleceu os seguintes critérios para o diagnóstico:
Existem alguns exames de imagem que auxiliam no estabelecimento do diagnóstico diferencial com outras síndromes de vertigem.
Não existe tratamento da doença de Ménière totalmente eficaz. A terapêutica com fármacos, no geral, não é bem-sucedida, embora alguns pacientes respondam positivamente ao uso de vasodilatadores, como a histamina e a niacina. Quando não há sucesso com o tratamento conservador, pode ser considerada a opção de intervenção cirúrgica para alívio da vertigem. A cirurgia consiste na secção do oitavo nervo craniano ou na labirintotomia destrutiva, que parecem ser igualmente eficazes na supressão das crises agudas de vertigem.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_M%C3%A9ni%C3%A8re
http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/05/26/doenca-de-meniere-tratamento-medicamentoso/
http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/6123/sindrome-de-meniere
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72992003000100012&script=sci_arttext&tlng=es