A síndrome de Lynch, também chamada de câncer colorretal hereditário (transmissão autossômica dominante) não polipóide, consiste em um tipo de câncer hereditário do trato digestivo, que acomete em especial o cólon e o reto, representando de 3% a 5% dos casos de câncer nesses dois locais.
Indivíduos que apresentam esta síndrome possuem maiores chances de desenvolverem câncer de estômago, intestino delgado, fígado, ductos biliares, trato urinário superior, cérebro, pele e próstata, bem como câncer no endométrio e ovários.
Mutações nos genes MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2 aumentam o risco de desenvolvimento desta síndrome. Todos esses genes estão ligados à reparação de erros ocorridos durante a replicação do DNA no momento da divisão celular. Desta forma, alterações em qualquer um desses genes impede a reparação adequada de erros na replicação do DNA. Ao passo que as células anormais continuam a se dividir, o acumulo dos erros podem resultar em um crescimento celular descontrolado que, possivelmente, evolui para uma neoplasia.
O diagnóstico pode ser feito com base na presença de critérios, como os Critérios de Amesterdã e os Critérios de Bethesda.
Os Critérios de Amesterdã incluem:
Os Critérios de Bethesda incluem:
O tratamento do câncer colorretal hereditário não polipóide é feito igualmente ao de outros cânceres do cólon. A cirurgia tipicamente é necessária, sendo que as outras opções de tratamento ficam na dependência do estágio e localização do câncer, bem como o estado geral do paciente.
Fontes:
http://www.evitacancro.org/cancro-hereditario/sindromes-mais-frequentes/carcinoma-colon-recto-nao-polipose-sindrome-linch/
http://ghr.nlm.nih.gov/condition/lynch-syndrome
http://www.mayoclinic.com/health/lynch-syndrome/DS00669/