Síndrome de Irukandji

A síndrome de Irukandji consiste em um conjunto de sintomas causado por encontros acidentais com a água-viva Carukia barnesi, um pequeno cubozoário que habita as águas do norte da Austrália.

O nome desta síndrome faz referência a uma tribo de aborígenes australiana, que descreve uma doença inexplicável que acometia indivíduos que nadavam no mar.

Geralmente nota-se primeiramente a picada deste cubozoário. Por conseguinte, aproximadamente 30 minutos depois, os pacientes podem desenvolver diversos sintomas, incluindo:

  • Severa dor de cabeça;
  • Dores musculares;
  • Dor na região torácica;
  • Intensa dor abdominal;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Sudorese;
  • Ansiedade;
  • Hipertensão;
  • Taquicardia;
  • Parestesia;
  • Edema pulmonar.

Outra manifestação clínica que pode ser observada nesta síndrome é a sensação de morte iminente, em decorrência da liberação excessiva do hormônio noradrenalina.

A primeira descrição desta desordem foi feita pelo médico Jack Barnes, no ano de 1964. Este levantou a hipótese de que esses sintomas estavam relacionados ao contato dos pacientes com o cubozoário em questão. Para comprovar sua teoria, ele mesmo tocou numa Carukia barnesi, experimentando, em seguida, os sintomas apresentados pelos pacientes.

Não é conhecida a real quantidade de mortes causada pela picada deste cubozoário, uma vez que muitos casos de afogamento e ataque cardíaco podem resultadar da picada deste animal e serem erroneamente atribuídos a outras causas.

Não é conhecido até o momento o mecanismo de ação no organismo humano do veneno da Carukia barnesi. Todavia, acredita-se o excesso de catecolaminas possa estar por trás dos quadros mais graves.

O tratamento visa minimizar a sintomatologia causada pela picada deste cubozoário, por meio do fornecimento de fármacos analgésicos e anti-histamínicos.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Irukandji
http://www.reef.crc.org.au/publications/brochures/Irukandjisyndrome.htm
http://www.avru.org/compendium/biogs/A000014b.htm

Autor: Débora Carvalho Meldau