Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis

A síndrome de Fitz-Hugh-Curtis, também chamada de peri-hepatite gonocócica, consiste em uma complicação pouco frequente da doença inflamatória pélvica, tipicamente decorrente da infecção pela Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.

No ano de 1930 Curtis descreveu esta formação em associação com a presença da bactéria Neisseria gonorrhoeae. Após alguns anos, em 1934, Fitz os descreveu como consequência de uma peritonite gonocócica. Müller-Shoop e colaboradores descreverem, em 1978, a presença da Chlamydia trachomatis como agente etiológico desta desordem.

Trata-se de uma infecção da cápsula de Glisson, que reveste o fígado, que podem apresentar-se, clinicamente, como microabscessos e exsudato purulento em na superfície hepática e, que na fase crônica, caracteriza-se por aderências descritas como "cordas de violino" da superfície do fígado com a parede abdominal. A presença desta fibrose pode causar dor, embora tipicamente seja assintomática.

Exames laboratoriais podem apontar um elevado título de anticorpos para a clamídia, indicando, juntamente com a presença de descarga de fluido bacteriano no colo uterino, a provável presença da síndrome de Fitz-Hugh-Curtis. Nesses casos, recomenda-se a realização de uma tomografia computadorizada para orientar o diagnóstico, especialmente na presença de dor no quadrante superior direito.

O tratamento é feito utilizando-se antibióticos. Em raros casos, quando há peritonite generalizada, é preciso realizar cirurgia.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Peri-hepatite_gonoc%C3%B3cica
http://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0717-75262009000300009

Autor: Débora Carvalho Meldau