Síndrome de Conn

A síndrome de Conn, também chamada de hiperaldosteronismo primário, trata-se de um transtorno das glândulas adrenais, que são responsáveis pela síntese e liberação do hormônio aldosterona. Este, por sua vez, é responsável pelo controle da pressão arterial e pelo controle de excreção de sódio e água. Desta forma, problemas nas glândulas adrenais levam à retenção de sódio, acúmulo de água no organismo e consequente aumento da pressão arterial.

Alguns pesquisadores acreditam que esta síndrome seja rara. Todavia, investigações recentes têm apontado que até 15% dos pacientes hipertensos possam ser portadores desta desordem, sendo mais comum em indivíduos entre a terceira e a quinta década de vida.

A síntese exacerbada de aldosterona pode ser decorrente de hiperplasia das glândulas adrenais, uni ou bilateral, além de tumores benignos (adenoma), ou, mais raramente, malignos (carcinoma).

Clinicamente, o excesso de aldosterona pode levar à hipocalcemia, alcalose metabólica, hipertensão arterial e, em certos casos, hipernatremia. As manifestações clínicas costumam ser inespecíficas, mas indivíduos com hipocalcemia e hipertensão arterial podem apresentar polaciúria (aumento da frequência urinária), sede em excesso, fraqueza, fadiga, paralisias temporárias, palpitação, cefaleia, contraturas musculares e formigamento.

A presença de hipocalcemia em indivíduos hipertensos sugere o diagnóstico de síndrome de Conn. A melhor forma para se confirmar o diagnóstico é por meio da determinação dos níveis de aldosterona e renina. Este último é um hormônio sintetizado pelos rins, responsável por estimular a síntese de aldosterona pelas glândulas adrenais. Na síndrome de Conn, a aldosterona encontra-se muito elevada, enquanto que a renina encontra-se extremamente baixa ou nem é possível detectá-la.

O tratamento é feito resolvendo-se o fator que está desencadeando a elevada síntese e liberação de aldosterona, por meio de cirurgia. Enquanto isso, a pressão arterial pode ser controlada pelo uso de medicamentos, como a espironolactonae outros anti-hipertensivos.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Conn
http://www.labtestsonline.org.br/understanding/conditions/conn/
http://www.doctoralia.com.br/enfermidade/sindrome+de+conn+aldosteronismo+primario-41155

Autor: Débora Carvalho Meldau