A síndrome de Austrian é uma desordem decorrente da infecção pela bactéria Streptococcus pneumoniae, caracterizada pela Tríade de Osler, composta por endocardite, pneumonia e meningite.
A infecção pela S. pneumoniae ocorre com maior frequência pelas vias aéreas.
Em 1862, Herchl relatou a associação de pneumonia, meningite e endocartite em 5 indivíduos, após autópsia dos mesmos. Já em 1882, Netter apontou a relação clínica entre a tríade de Osler e a predisposição pela válvula aórtica. No ano de 1957, o médico Robert Austrian comunicou 8 casos, sendo que desses, 6 vieram a óbito indicando que esta desordem comumente era fatal devido à ruptura da válvula aórtica.
Após o surgimento da penicilina, a endocardite teve sua incidência consideravelmente reduzida. Contudo, nos últimos anos, um número superior de casos tem sido descritos, em decorrência do aumento das cepas de S. pneumoniae resistentes à penicilina.
Fatores de risco incluem alcoolismo e idade avançada.
Clinicamente, o quadro agudo, de evolução rápida, predomina nesta síndrome, sendo relacionada a uma alta taxa de mortalidade. As manifestações clínicas periféricas da endocardite habitualmente não são observadas nas infecções por estreptococos, fato que leva ao atraso do diagnóstico. Complicações cardíacas e não cardíacas são observadas, em especial, instabilidade hemodinâmica, formação de abscessos e embolização sistêmica. Outros sintomas englobam cefaleia e febre.
A penicilina é o tratamento de escolha; todavia, nos casos agudos, que são muito agressivos, com elevadas taxas de complicações locais (abscesso perivalvar) os antibióticos geralmente não são suficientes para combater a infecção e a cirurgia se faz necessária na maioria dos casos.
Fontes:
http://arquivosonline.com.br/
http://www.revespcardiol.org/