A síndrome da lise tumoral consiste em um grupo de complicações metabólicas que podem surgir após o tratamento de uma neoplasia, especialmente em casos de linfoma e leucemia e, em certos casos, até mesmo quando não foi realizado um tratamento prévio.
Os tipos de linfoma mais envolvidos neste transtorno são os linfomas pobremente diferenciados, como o linfoma de Burkitt. Além disso, leucemia linfoblástica aguda e leucemia mieloide aguda também podem levar a esta desordem. Infrequentemente podem ser observados outros tipos de neoplasias associadas a este transtorno, como o melanoma.
Normalmente, a terapia relacionada ao surgimento da síndrome envolve quimioterapia e esteroides, além de poder surgir espontaneamente, sem a realização de um prévio tratamento. Os fatores que desencadeiam este transtorno são as complicações decorrentes dos restos celulares, após a destruição de células neoplásicas durante o tratamento.
Clinicamente, esta síndrome caracteriza-se por:
Deve-se suspeitar desta síndrome em casos pacientes com câncer que desenvolvem insuficiência renal aguda associada à hiperuricosúria. Exame de urina pode apontar a presença de cristais de ácido úrico ou uratos amorfos. Além disso, por meio do exame de urina é possível identificar a excreção exacerbada de ácido úrico.
O tratamento visa prevenir o surgimento de insuficiência renal aguda, que leva a um considerável aumento das manifestações clínicas da síndrome, assim como suas consequências clínicas. Desta forma, pode ser feito o controle da hiperuricemia e a prevenção da nefrocalcinose. Isso é feito por meio da terapia de substituição renal, sempre que não for possível controlar os distúrbios metabólicos até 6 horas depois de implementada a prevenção. Contudo, se mesmo assim houver lesão renal aguda, deve ser iniciada terapia extrarrenal, objetivando clearance do ácido úrico e dos fosfatos para minimizar o comprometimento renal. Além disso, a hidratação é muito importante no tratamento deste transtorno e fármacos que reduzem os níveis de urato também podem ser utilizados.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_da_lise_tumoral
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2008000300011