Síndrome da fadiga crônica

A síndrome da fadiga crônica consiste em uma condição clínica, na qual o paciente apresenta uma fadiga persistente não relacionada a exercícios físicos, que não cessa com repouso e que vem acompanhada por uma série de sintomas específicos por, no mínimo, seis meses.

A fadiga é uma manifestação clínica observada em uma ampla gama de doenças. No entanto, a fadiga crônica consiste em uma patologia multissistêmica e é relativamente rara. Esta condição é mais frequentemente diagnosticada em indivíduos do sexo feminino do que do sexo masculino.

Atualmente, esta desordem é classificada pela Organização Mundial da Saúde como sendo uma doença do sistema nervoso. Todavia, sua etiologia ainda não foi elucidada. Sabe-se que alguns fatores predispõem ao surgimento desta condição, como exposição a agentes tóxicos, sobrecarga emocional, envenenamento crônico por agrotóxicos e sensibilidade química múltipla.

As manifestações clínicas deste distúrbio envolvem:

  • Mialgia difusa e artralgia;
  • Problemas cognitivos;
  • Exaustão mental e física crônica;
  • Fraqueza muscular;
  • Hipersensibilidade;
  • Intolerância ortostática;
  • Dor de garganta;
  • Linfadenomegalia;
  • Dores articulares, sem sinais inflamatórios;
  • Cefaleia;
  • Problemas digestórios;
  • Depressão;
  • Resposta imunológica diminuída;
  • Distúrbios cardíacos e respiratórios.

Não existem exames específicos para evidenciar a presença da fadiga crônica. No entanto, a International Chronic Fatique Syndrome Study Group aponta uma forma de estabelecer a presença da condição: pessoas com fadiga persistente, sem causa aparente, que apresenta no mínimo quatro das manifestações clínicas anteriormente descritas são consideradas portadoras da síndrome.

É difícil prever qual será a evolução desta condição. A sintomatologia pode sumir dentro de alguns meses; contudo, pode persistir por anos ou até por toda a vida.

Uma vez que a real etiologia da síndrome não é conhecida, não existem tratamentos específicos e satisfatórios para a mesma. Os sintomas podem ser tratados com fármacos, como anti-inflamatórios para as dores articulares e musculares, além de antidepressivos que podem auxiliar na melhora da qualidade do sono. A realização de fisioterapia e condicionamento físico é essencial para a manutenção das atividades cotidianas.

Fontes:
http://www.mdsaude.com/2010/10/sindrome-da-fadiga-cronica.html
http://www.medonline.com.br/med_ed/med5/fadiga.htm
http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/sindrome-da-fadiga-cronica/
http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_da_fadiga_cr%C3%B4nica

Autor: Débora Carvalho Meldau