A síndrome aguda das radiações consiste em um conjunto de sintomas e sinais clínicos decorrentes da exposição do organismo à elevada quantidade de radiação durante certo período de tempo que varia de minutos a meses.
Esta síndrome tem sido relatada em trabalhadores do programa nuclear da União Soviética, devido à exposição prolongada à radiação que os mesmos são submetidos. Também foi observada em indivíduos que se encontravam em áreas de acidentes nucleares.
Os efeitos da radiação no organismo dependem de vários fatores, como:
Clinicamente, esta síndrome se divide em três apresentações: hematopoiéticas, gastrointestinais e neurológica/vascular. Estes sintomas podem ou não ser precedido por pródromo (náuseas, vômitos, anorexia, diarreia, mal-estar generalizado e febre). A velocidade de início dos sintomas está relacionada à exposição à radiação.
Dentre outras manifestações clínicas que podem ser observadas em decorrência da exposição à elevada quantidade de radiação estão:
O diagnóstico habitualmente é alcançado com base no histórico de exposição à significativa quantidade de radiação e achados clínicos compatíveis com a síndrome. Exames de sangue que evidenciam uma contagem absoluta de linfócitos pode fornecer uma estimativa aproximada da exposição à radiação.
O tratamento é apenas suporte, incluindo o uso de antibióticos, produtos derivados do sangue, fatores estimulador de colônias e transplante de células-tronco hematopoéticas.
A melhor forma de prevenção desta síndrome é a não exposição ou minimização da exposição à radiação.
Fontes:
http://www.revistanavigator.com.br/navig_especial/cap/NE_cap13.pdf
http://en.wikipedia.org/wiki/Acute_radiation_syndrome
http://www.bt.cdc.gov/radiation/ars.asp