O insulinoma, também conhecido como tumor das células beta do pâncreas, é um tipo raro de tumor pancreático, normalmente benigno, que sintetiza insulina, que é um hormônio responsável por reduzir os valores de glicose sanguínea.
A incidência estimada desse tumor é de 1 a 4 novos casos por milhão de pessoas anualmente. Surgem das ilhotas de Langerhans (células encontradas no pâncreas). A taxa de evolução para malignidade varia entre 5% a 30%. Em casos raros, os insulinomas podem ser oriundos de tecido pancreático ectópico.
As manifestações clínicas mais comuns desenvolvidas pelos pacientes com esse tumor são sinais neuroglicopênicos, no qual estão inclusos: cefaléia recorrente, letargia, diplopia e visão distorcida, especialmente durante a realização de exercícios ou períodos de jejum. O quadro de hipoglicemia severa caracteriza-se por ataques epiléticos, coma e danos neurológicos irreversíveis. Os sintomas provenientes da resposta catecolaminérgica à hipoglicemia (palpitação, tremor, taquicardia, sudorese, fome, ansiedade e náusea) são pouco comuns. Em certos casos, observa-se súbito ganho de peso.
A suspeita de insulinoma estabelece-se em pacientes com hipoglicemia de jejum sintomática. As condições da tríade de Whipple que necessitam ser observadas no diagnóstico de "hipoglicemia verdadeira" são:
Para o diagnóstico laboratorial do insulinoma, se faz necessária a realização de exames sanguíneos que evidenciam a taxa de glicose, insulina e peptídeo C. Caso encontre-se disponível, um nível de proinsulinemia pode ser de grande utilidade. Outros exames de sangue podem auxiliar no diagnóstico diferencial.
O tratamento definitivo é feito por meio da ressecção cirúrgica. Fármacos como diazoxida e somatostatina podem ser utilizados para inibir a liberação de insulina em pacientes que não são bons candidatos para o procedimento cirúrgico, ou que apresentem tumores de remoção impossibilitada.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Insulinoma
http://www.manualmerck.net/?id=130&cn=1102
http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/1261.pdf
http://www.spmi.pt/revista/vol17/vol17_n2_2010_099_103.pdf