Doença infecciosa provocada pelo micro-organismo chamado "Candida albicans". A candidíase, especialmente a vaginal, é uma das infecções genitais mais freqüentes entre as mulheres. A infecção existe sob duas formas: como fermento ou como fungo. Como fermento, se reproduz através da fermentação dos açúcares presentes no estômago e intestinos; como fungo, invade as células imunológicas e os sistemas do corpo, causando confusão no metabolismo e ocasionando uma série de transtornos em várias partes do organismo.
Na mulher a candidíase provoca corrimento em grumos (semelhante à nata do leite), ardor, coceira intensa e dor na relação sexual. Frequentemente pode-se observar inchaço e vermelhidão na vulva (partes externas genitais) e na vagina. As lesões também podem se estender pela região do períneo (espaço entre a vagina e o ânus) e virilha.
No homem, se caracteriza por uma vermelhidão na glande (pele que recobre a cabeça do pênis) e no prepúcio (pele pregueada que recobre o pênis). Eventualmente, pode ser observado um leve edema (acúmulo anormal de líquido no órgão) ou pequenas lesões em forma de pontinhos avermelhados e irritantes que leva o homem a coçar o local em busca de alívio.Quando a candidíase se manifesta no parceiro, é sinal de que a infecção foi transmitida sexualmente.
A queda do sistema imunológico é um dos principais fatores que contribui para a proliferação da "Candida Albicans". Outros fatores, não menos importantes são: uso de pílulas anticoncepcionais, antibióticos e corticóides; obesidade; excesso de açúcar e álcool no organismo; uso de roupas justas, entre outros. É importante saber que o uso inadequado de calças apertadas e calcinhas de lycra, principalmente no verão, faz com que a umidade da mucosa vaginal se mantenha alta, favorecendo o crescimento do fungo e o desenvolvimento da doença.
A cândida está o tempo todo presente no organismo feminino, mais especificamente na mucosa vaginal, aguardando o momento oportuno para proliferar. O momento ideal para o desenvolvimento da infecção ocorre quando, o pH (potencial hidrigeniontico) da vagina perde sua acidez natural. Isso quer dizer que, o pH natural da vagina mantém a mucosa resistente às bactérias e microrganismos causadores de infecções. Uma vez que o pH é alterado o ambiente está propício à desenvolver doenças infecciosas. O sêmem masculino é assim o principal responsável da alteração por ser extremamente alcalino. Ele eleva o pH da mucosa vaginal até 8 horas após o ato sexual. Esse quadro de alteração, aliado aos fatores acima descritos, proporcionam um ambiente oportuno para o desenvolvimento da infecção.
A candidíase causa corrimento, sapinho e assadura. Porém, se a imunidade estiver baixa e a alimentação pobre, a cândida pode se proliferar por todo o organismo provocando: alergias, gases, cólicas, coceira ou queimação anal, dores abdominais, garganta seca, infecções das vias urinárias, irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração, queda de cabelo, estrago nas unhas, enxaqueca, hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue), falta de energia, perda da libido, diminuição do tesão, e muitas outras complicações.
O diagnóstico da infecção é obtido através de exame ginecológico ou papa nicolau. O tratamento é feito à base de medicamentos antimicóticos e antifúngicos sob a forma de cremes aplicados no local ou remédios via oral para casos mais resistentes, incluindo uma alimentação balanceada, pois é esta que ajudará o organismo a recuperar a saúde do sistema imunológico. É importante saber que, se a infecção for notada no parceiro, este também deve ser submetido a tratamento.
Uma vez que a cândida sobrevive basicamente dos açucares da nossa alimentação, o ideal para se livrar definitivamente dela, é fortalecer o nosso organismo evitando por algum tempo açúcar, doce, chocolate, balas, gordura, chá preto, café, pão, queijo, bolo, bebidas alcoólicas e qualquer outro alimento que contenha fermento.
Autor: Neuda Batista Mendes França