Antraz Cutâneo

O antraz cutâneo é uma rara doença, considerada endêmica em áreas rurais e, por esse motivo, sendo comum em animais. Todavia, também pode acometer os humanos.

O nome desta doença é derivado da palavra anthracis, que em grego significa carvão, já que esta moléstia causa cicatrizes cutâneas escuras.

O agente etiológico causador desta patologia é o Bacillus anthracis, uma bactéria que possui forma de bastão, que também pode apresentar-se em uma forma mais resistente, de esporo. Sobrevive por muitos anos no solo quando em condições favoráveis.

Tanto o homem quanto os animais são infectados por este agente, especialmente os ruminantes. Estes últimos infectam-se especialmente por meio da ingestão dos esporos presentes em pastagens que se encontram em solo contaminado. Os seres humanos contaminam-se quando há o contato com animais infectados ou com os seus produtos.

No caso do antraz cutâneo, a infecção tipicamente ocorre por meio da contaminação de uma lesão na pele pelo bacilo em questão, apresentando um período de incubação de aproximadamente 12 dias. Após esse período surge um edema local da pele, que aumenta gradativamente, originando uma úlcera, liberando um fluído transparente. Por conseguinte, há a formação de uma crosta vermelha, que se torna escura, indolor, que seca e se destaca dentro de uma a duas semanas. Além disso, também há mal estar, febre, náuseas e dores musculares. Cerca de 10% dos casos pode resultar em morte do paciente, por evoluírem para a forma sistêmica.

O diagnóstico é feito por meio do histórico clínico e confirmado através de cultura de fragmentos da pele afetada.

O tratamento desta moléstia é feito com antibióticos, como penicilina, tetraciclina, eritromicina e ciprofloxacina. Estes fármacos podem não modificar a aparência ou formação dos edemas, porém reduzem a capacidade de a doença se espelhar pelo organismo.

Existe uma vacina para o Antraz; todavia é indicada somente para indivíduos que são expostas a alto risco, como é o caso de pessoas que trabalham em laboratórios e que estão em contato direto com o Bacillus anthracis, pessoas que manipulam matérias-primas industriais com possibilidade de estarem contaminadas, militares atuando em locais com alto risco de exposição, trabalhadores agrícolas e médicos veterinários.

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Fontes:
http://www.derme.org/boletins/antraz.html
http://ciencia.hsw.uol.com.br/antraz4.htm
http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/doencas/antraz/i16antraz.php
http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/2001/antraz/cutaneous.shtml

Autor: Débora Carvalho Meldau